Brasil Lidera Ranking Mundial

Pesquisas conduzidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a NASA revelam que o Brasil está entre os países com maior incidência de raios no mundo. Os dados indicam que ocorrem cerca de 70 milhões de descargas atmosféricas anualmente em território nacional, resultando em prejuízos superiores a R$ 500 milhões e aproximadamente 100 vítimas diretas por ano.

Diante desse cenário, especialistas e engenheiros revisaram as metodologias de proteção contra raios, culminando na atualização da norma NBR 5419 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), publicada em 22 de maio. A revisão, iniciada em 2005, tem como objetivo aprimorar a segurança de estruturas e garantir a proteção de pessoas dentro de edificações.

O Que Mudou na NBR 5419:2015?

A norma estabelece diretrizes para o projeto, instalação e manutenção de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), aplicando-se a construções residenciais, comerciais, industriais e agrícolas. A atualização incorpora padrões internacionais, baseando-se na IEC 62305:2010, e introduz novos critérios para aumentar a segurança não apenas das estruturas, mas também de seres vivos, prevenindo lesões causadas por tensões de passo e toque.

A norma foi reorganizada em quatro partes principais:

  • Princípios Gerais – Fundamentos da proteção contra raios.
  • Gerenciamento de Risco – Avaliação de ameaças e vulnerabilidades.
  • Danos Físicos às Estruturas e Perigo à Vida – Medidas para evitar colapsos e ferimentos.
  • Sistemas Elétricos e Eletrônicos Internos – Proteção de equipamentos sensíveis.

Novos Critérios para Classificação do SPDA

A revisão trouxe uma análise mais detalhada para determinar a classe de proteção de uma edificação, considerando não apenas raios que atingem diretamente a estrutura, mas também descargas próximas.

Pesquisas conduzidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a NASA revelam que o Brasil está entre os países com maior incidência de raios no mundo. Os dados indicam que ocorrem cerca de 70 milhões de descargas atmosféricas anualmente em território nacional, resultando em prejuízos superiores a R$ 500 milhões e aproximadamente 100 vítimas diretas por ano.

Métodos de Proteção Atualizados

Dois dos principais métodos de proteção sofreram ajustes:

  • Método dos Ângulos – Agora utiliza um gráfico baseado na IEC 2095:2005, que define o ângulo máximo de proteção conforme a classe e altura da edificação.

  • Método das Malhas – Os reticulados foram reduzidos:

    • Classe I: 5×5 m

    • Classe II: 10×10 m

    • Classe III: 15×15 m

    • Classe IV: 20×20 m

Além disso, o espaçamento entre descidas e anéis horizontais foi redefinido:

  • Classes I e II: 10 m

  • Classe III: 15 m

  • Classe IV: 20 m

Mudanças no Aterramento

O subsistema de aterramento também foi atualizado, incluindo uma curva específica para edificações de Classe II e limitando o uso de condutores acima do solo a 20% do comprimento total do aterramento.

Essas alterações visam aumentar a eficiência dos sistemas de proteção, reduzindo riscos e danos causados por descargas atmosféricas no Brasil.

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